no canto do olho
resta o que resta
da vida que nos encerra:
resta a treva
treme a relva:
vinga a selva
que não nos salva
nos meus mundos
dizia o poeta
tudo se esfuma
entre um sopro
e outro: tudo é ar
é massa e colosso
tudo é ossatura:
nuvem vapor
fuligem da
indústria mais
crua : as vozes
que emanam
da multidão
passeante pela rua
sábado, 11 de agosto de 2007
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Um comentário:
Parabéns mais uma vez! Vejo que tem estro.
Gostei especialmente das quatro primeiras poesias. Têm uma leveza, uma fluidez lógica que não sei explicar; mas sei que têm. São produzidas com um vocabulário inteligente e acessível, e que não causam estranheza.
Continue garimpando nessa fonte, e às mais jóias encontradas, procure dar a faceta inexistente.
Abraços, e até mais.
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